Eu não
gosto de falar, sempre foi assim. Posso passar horas escutando o que alguém tem
a dizer, antes que ela/ele pergunte como
eu estou, assim tenho “brecha” pra falar, pelo menos um pouco, do que estou
sentindo no momento. Sei que isso é uma dificuldade que eu tenho, que essa
maneira de ser me afasta das pessoas, me isola do mundo, criando
relacionamentos superficiais e etc. Mas não é má vontade não, eu só não sei
como começar uma conversa, qual é o momento certo de olhar no olho e colocar
pra fora tudo o que eu to sentindo.
Tem gente que se expressa bem com palavras,
que sabe conversar e dizer as coisas que sente da melhor maneira, na hora que
tem que falar. Já eu, sou amiga das letras. As vezes tento falar e as palavras
não saem como eu quero, as pessoas entendem tudo errado , terminando em uma
confusão enorme. Por isso, gosto de expressar meus sentimentos com um papel,
uma caneta, ou no caso, uma folha branca que as poucos é preenchidos de
pensamentos e sentimentos que eu não tenho medo de expor, talvez porque ninguém
especifico vá ler de qualquer maneira.
Sou
drama puro, mas não sou fã de conversas dramáticas, então prefiro colocar meu
drama em palavras e fazê-las transbordar sem precisar entrar num tipo de
discussão, ou mesmo um DR.
E essa forma
de expressar tudo o que eu penso e sinto, e sinto e penso, sem me precisar me
importar se alguém de fato vai me ouvir ou me entender, é no mínimo
libertadora. Porque sei que aquela sensação ruim na boca do meu estomago não
vai mais estar ali depois que eu terminar de preencher as linhas.
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